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Vida feliz

MAR EM FÚRIA!

Ouse louvar a Deus no meio das tempestades

Por Deivinson 10/08/2022 às 19:26:45
Foto de Matt Hardy: https://www.pexels.com/pt-br/foto/foto-monocromatica-de-ondas-1870259/

Foto de Matt Hardy: https://www.pexels.com/pt-br/foto/foto-monocromatica-de-ondas-1870259/

Você já passou por alguma tempestade? É claro que sim! Todos nós enfrentamos momentos tempestuosos. Na vida, há diversos tipos de tormenta: na família, no emprego, na igreja, etc. E, verdade seja dita, tempestades semelhantes a essas não são desejadas nem pelos mais experientes. O melhor é observá-las de bem longe, em segurança. Mas quando estamos dentro da tormenta, no olho do furacão, a adrenalina injetada em nosso sangue colore o ambiente em nuances de pânico. Exalamos o medo por todos os poros. Somente um pensamento pulsa desesperadamente: sair o mais rápido possível do terrível vórtice. No coração da tempestade, sequer temos a dimensão exata do problema com o qual lidamos.


A TEMPESTADE PERFEITA

O filme Mar em fúria (The Perfect Storm, 2000), dirigido por Wolfgang Petersen, com George Clooney (Capitão Billy Tyne), Mark Wahlberg (Bobby Shatford), Diane Lane (Christina Cotter) e Karen Allen (Melissa Brown) no elenco, ilustra bem o modo como o ser humano encara o perigo desmesurado. Baseado em fatos reais, o filme revive outubro de 1991, quando uma tempestade de proporções gigantescas formou-se no litoral do Atlântico Norte. No meio dessa tormenta, os personagens, a bordo de um barco de pesca, passaram por momentos incrivelmente aterrorizantes. Ondas do tamanho de prédios de dez andares e ventos de quase 300 km/h arrasaram o litoral e poucas pessoas a viram e sobreviveram para contar a história.

Se assistir ao filme, não lhe passará despercebido o rosto dos tripulantes quando encararam as ondas monstruosas. Havia paz naqueles semblantes? Nem sombra. Menos ainda segurança naquele barco à deriva na maior tempestade da história. Jesus Cristo enfrentou situação semelhante no extenso mar da Galileia. Mas Sua atitude no âmago da tempestade foi bem diferente da que costumamos ter. Em Marcos 4.35-41, lê-se o intrigante episódio.



O versículo 38 denuncia a diferente visão de mundo dos discípulos e de Jesus. "E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos?" (Mc 4.38). A popa é a seção traseira de uma embarcação. Neste aconchegante cantinho, Jesus ressonava, o peito expandia-se e retraía-se num ritmo bem diferente do frenesi da tripulação. As ondas bravias, os relâmpagos com estrondos amedrontadores, a chuva abundante e os gritos histéricos dos até então entendidos marinheiros não foram suficientes para tirar a paz de quem ousava dormir no meio da tormenta.


A REAÇÃO ÀS TEMPESTADES

Apavorados, os discípulos já viam o barco como o próprio túmulo. Presos a instantes que pareciam eternos, não perceberam que lá atrás, num cantinho esquecido, estava o único ser humano que sabia manter-se sereno nas horas mais improváveis. Para Jesus, o barco era como um aprazível dormitório.

O que nos intriga na história era como e por que Jesus dormia. É que em meio ao caos da tormenta, quando os homens perdem o controle do barco da vida, Cristo se revela o único e confiável timoneiro e, de quebra, acalma a tempestade. Ele dormia porque conhecia o Seu próprio poder e autoridade. "E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim, tímidos? Como é que não tendes fé?" (Mc 4.39,40).



A serenidade de Jesus contagia. Quando somos acordados de repente, de um sono profundo, o mundo pegando fogo ao nosso redor, não levantamos como se para tomar café. Certamente que o pavor toma conta da gente. Mas Jesus não apenas dormia em paz, como também despertou com a chamada presença de espírito, no controle das próprias emoções. Os discípulos, em pânico, só enxergavam o barco, à deriva, castigado violentamente pelas ondas. Jesus primeiramente manteve as emoções em perfeito controle para só depois atacar o mal pela raiz. Não eram o barco nem o terror dos discípulos que precisavam ser controlados, mas a tempestade!




Caos extinto, a superfície do mar como que congelada, Jesus faz a pergunta mais improvável, que ainda não quer calar: "Como é que não tendes fé?". Para marinheiros profissionais, passar por uma tempestade no mar da Galileia, controlando um simples barquinho de pesca, não é uma tarefa fácil, mas possível. No entanto, quem pode controlar o próprio mar bravio? A indiferença da tempestade ao terror dos homens simboliza a crueldade da morte. Mas, tanto a morte quanto as intempéries da vida podem ser vencidas. Não por homens experientes, mas pelo Senhor das circunstâncias. Ao dar ordem ao vento e ao mar, Jesus demonstrou que sob Seu controle perfeito estão as piores circunstâncias da vida. Simbolicamente, Marcos 4.39,40 já demonstrava o poder do Senhor sobre a própria morte – "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mt 28.18; compare com Jo 11.25; 1Co 15.17-19).


O PODER DE JESUS

Os discípulos conheciam a força destruidora de uma tempestade, por isso sentiram medo. Entretanto, eles não conheciam o poder de Jesus – "E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?" (Mc 4.41).

Aqueles apavorados marinheiros tiveram de aprender que "teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!" (Mt 6.13). Pedro descobriu mais tarde que Jesus, "depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes" (1Pe 3.22). João, o discípulo amado, anos depois, declarou: "maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1Jo 4.4).


E você? Como costuma enfrentar as suas próprias tempestades? A canção Praise You in this Storm ("Eu te louvarei nessa tempestade"), de Casting Crowns, nos dá uma sugestão com os seguintes versos: "Eu te louvarei nessa tempestade/ E levantarei minhas mãos/ Por tu seres quem és/ Não importa onde eu esteja/ Cada lágrima que eu chorar/ Tu seguras minhas mãos/ Tu nunca me abandonas/ E ainda que meu coração esteja partido/ Eu te louvarei nessa tempestade".


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DEIVINSON BIGNON é Pastor Congregacional, mestre em Ciências da Religião, teólogo, professor de Hebraico Bíblico e Exegese Bíblica, escritor, integrou a equipe de revisores da Bíblia de Estudo Mathew Henry e é publisher da Editora Contextualizar, com vasta experiência em publicação para autores evangélicos iniciantes.


TODOS OS SEGREDOS DO SALMO 23 REVELADOS DIRETO DA BÍBLIA HEBRAICA

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