A vĂtima do estupro cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra prestou depoimento nessa sexta-feira (15) à polĂcia. Ela foi ouvida pela delegada BĂĄrbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, no escritório do advogado contratado pela famĂlia da vĂtima, para que a mulher não fosse exposta e tivesse a sua identidade revelada.
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O marido que acompanhou o parto e depois saiu com o recém-nascido no colo também falou com a polĂcia. Ele confirmou que após a mulher ter a criança, o anestesista Giovanni Bezerra pediu para que ele deixasse o centro cirĂșrgico, com a justificativa de que a paciente ainda teria de passar por outro procedimento. O marido disse que chegou a discutir com o médico e viu que a mulher ainda estava desacordada após ter a criança.
Um segundo inquérito foi aberto pela polĂcia ainda na sexta-feira com a finalidade de investigar outros crimes cometidos pelo médico que também trabalhava no Hospital da Mãe, em Mesquita, outra cidade da Baixada Fluminense.
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31 anos, foi denunciado também na sexta-feira (15) pelo Ministério PĂșblico do Rio de Janeiro (MPRJ), pelo crime de estupro de vulnerĂĄvel, praticado contra uma mulher durante o parto, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense.
Para os promotores, o crime contra a mulher grĂĄvida representa "violação do dever inerente à profissão de médico anestesiologista". Como forma de preservar e resguardar a imagem da vĂtima, o MPRJ pediu sigilo no processo e a fixação de indenização em favor da mulher, em valor não inferior a 10 salĂĄrios- mĂnimos. "Considerando os prejuĂzos de ordem moral a ela causados, em decorrĂȘncia da conduta do denunciado".
A denĂșncia destaca que após gravar o crime em um telefone celular, a equipe de enfermagem comunicou imediatamente os fatos à chefia do hospital, que acionou a PolĂcia Civil. "No local, os policiais realizaram a prisão em flagrante do denunciado e o conduziram à distrital".
No entendimento dos promotores, Giovanni Quintella Bezerra agiu de forma livre e consciente. "Com vontade de satisfazer a sua lascĂvia, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vĂtima, parturiente impossibilitada de oferecer resistĂȘncia em razão da sedação anestésica ministrada", apontou a denĂșncia.
Os promotores sustentam ainda que o denunciado "abusou da relação de confiança que a vĂtima mantinha com ele, posto que, se valendo da condição de médico anestesista, aproveitou-se da autoridade/poder que exercia sobre ela, ao aplicar-lhe substância de efeito sedativo".
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Fonte: AgĂȘncia Brasil