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Polícia

Rainha do Trem Bala, apontada como braço direito de Rabicó é condenada

Por Wanessa Dias 13/08/2022 às 09:12:20

Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro condenou neste mês dez traficantes que formavam uma complexa associação criminosa em comunidades de São Gonçalo, Niterói e Rio de Janeiro. Entre os condenados, está Roberta das Rosas Vieira, conhecida como 'Rainha do Trem Bala', apontada como braço direito do criminoso Antônio Hilário, o Rabicó. A traficante foi presa por uma equipe do São Gonçalo Presente no dia 7 de fevereiro deste ano, na Avenida José Mendonça, no bairro Mutondo.

Os outros condenados foram Tilu, Natanael, Bruno Garios, Negão, Gabi ou Bibi, Léo, Júnior ou Gaguinho, Marcus Vinicius e CL. As penas variam entre três a cinco anos, mas alguns ganharam direito de cumprir apenas medidas cautelares diferentes da restrição de liberdade.

Quem é quem

Rainha do Trem Bala era a ´frente´ do ´pó de 10´ da boca de fumo na região do Apolo III, comunidade da Reta Velha, no Morro da Viúva.

Tinha poder de mando na associação criminosa, estabelecendo diretrizes, fazendo intermediação de taxas para a circulação de veículos de gás no Complexo do Salgueiro, além de ter envolvimento em roubos de carga roubada, com o intuito de distribuir no comércio de rua da cidade de São Gonçalo, além de ter influência na compra e venda de munições.

Ela conseguiu arrendar uma boca de fumo por R$ 1.000 por semana e o dono mandava armas como quatro pistolas, uma Uzi e um fuzil.

Tilu tinha posição de destaque no Salgueiro, sendo responsável pelos valores arrecadados com o comércio de entorpecentes, sendo, inclusive, em uma das chamadas interceptadas de ´chefe´ e ´chefão´

Natanael era taxista porém realizava roubos nos municípios de Niterói e São Gonçalo. Inclusive, foram encontrados diálogos em que ele negociava com traficantes do Complexo do Salgueiro carros, celulares, KIT GNV, rodas, rádios e acessórios, produtos dos roubos praticados por ele.

Bruno exercia a função de endolador, ou seja, preparando as embalagens dos entorpecentes para a venda.

Negão exercia a função de gerente das ´bocas de fumo´ e repassando ordens a outros traficantes, exigindo e recebendo prestação de conta sobre as drogas vendidas, das munições utilizadas e da movimentação na comunidade do bairro Almerinda, vinculada ao Comando Vermelho e ao Salgueiro.

Nas interceptações, o acusado entrou em contato com seu interlocutor para saber como estão as vendas das drogas. Em resposta, o interlocutor, como verdadeiro subordinado, relatou que o comércio vai bem e que o ´produto´ mais comercializado é o ´pó de 25´ e o ´de 5´, ou seja, as embalagens de cocaína vendidas nos valores de R$25,00 e R$5,00.

Em outro diálogo, o interlocutor denominado ´Du informou a ele que pegou a ´da grande´, provavelmente um fuzil, e que só não testou a arma antes de pagar por ela, como o chefe havia determinado, porque não possuía munição.

Bibi era a gestora na associação criminosa, administrando o fornecimento de cestas básicas, que funciona como auxílio para as mulheres de traficantes presos em serviço, possibilitando para elas comprar alimentos, além de visitá-los. Ela é esposa de Negão que determinou que ela fosse ao presídio visitá-lo todo dia 20 e enregar a quantia de R$ 100.

Léo se envolveu em uma confusão com outros traficantes por conta do sumiço de uma espingarda calibre.12,

Júnior ou Gaguinho distribuía material entorpecente no Salgueiro, além de informar a movimentação da polícia aos demais membros da organização criminosa.

Marcus Vinicius era o ´gerente´ no tráfico de drogas do Complexo do Salgueiro, sendo importante elo da organização criminosa, uma vez que administrava as cargas de drogas, distribuindo-as e fazendo o recolhimento das vendas.

Por último, CL era responsável pela venda de entorpecentes, sendo o ´gerente´ da substância conhecida como ´lança perfume´ na Comunidade do Salgueiro e andava armado com uma pistola calibre .40, da marca Glock.

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