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PolĂ­cia

Justiça revoga prisão domiciliar de bolsonarista que assassinou Marcelo Arruda

Bolsonarista Jorge Garanho vai cumprir prisão preventiva após parecer da Secretaria de Segurança PĂșblica do PR

Por Wanessa Dias 13/08/2022 às 15:23:30

Foto: Reprodução

A 3ÂȘ Vara Criminal de Foz do Iguaçu (PR) revogou na noite desta sexta-feira (12) a prisão domiciliar do agente penal federal Jorge Guaranho, assassino do dirigente petista Marcelo Arruda. A decisão é do juiz Gustavo Arguello. O magistrado recebeu parecer da Secretaria de Segurança PĂșblica do ParanĂĄ declarando que o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais (PR), para onde Guaranho serĂĄ conduzido, "apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o réu".

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Na Ășltima quarta (10), o mesmo juiz havia determinado a prisão domiciliar de Guaranho até que fosse remanejado para "estabelecimento adequado". O bolsonarista recebeu alta do hospital em que esteve internado desde a noite do crime, em 9 de julho. A decisão ocorreu após o CMP enviar ofĂ­cio alegando não ter condições de receber o réu. Ele chegou a ir para casa e estava sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.

"Determino o imediato recambiamento do réu Jorge José da Rocha Guaranho ao Complexo Médico Penal, ambiente prisional mais adequado ao caso", diz o magistrado, em nova decisão que restabelece a prisão preventiva.

Após o parecer, o juiz afirmou que o CMP "possui condições de garantir a manutenção diĂĄria das necessidades bĂĄsicas do custodiado com supervisão contĂ­nua (?) levando em consideração as informações do Relatório de Evolução Médica do paciente."

"Deste modo, revogo a cautelar de monitoração eletrônica e a prisão domiciliar concedida, bem como restabeleço a prisão preventiva nos moldes como anteriormente decretada, ou seja, a ser cumprida em estabelecimento prisional", diz a decisão.

Assassino polĂ­tico

No dia 20 de julho, o Ministério PĂșblico (MP) do ParanĂĄ apontou motivação polĂ­tica no assassinato de Marcelo Arruda, e informou que Guaranho seria denunciado por homicĂ­dio duplamente qualificado.

Após provocar uma discussão em frente ao local onde Marcelo Arruda comemorava seu aniversĂĄrio de 50 anos, cujo tema era Lula, ele invadiu o salão aos gritos de "Aqui é Bolsonaro", e atirou duas vezes contra o dirigente petista, que era guarda municipal. Marcelo revidou e atingiu Guaranho com quatro disparos. O bolsonarista ficou internado por dez dias na UTI e foi liberado pelo hospital na quarta (10).

Guaranho, no entanto, ainda não foi ouvido no processo. Os promotores esperavam ele receber alta para ouvir a versão do policial sobre o caso. Porém, o advogado dele afirma que Guaranho teria perdido a memória por causa de agressões recebidas logo depois de atirar em Arruda e ser atingido em resposta.

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Fonte: Brasil de Fato

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