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Delegado é condenado a 16 anos de prisão por organização criminosa

Os dois processos são oriundos da Operação Quarto Elemento, operação conjunta do MinistĂ©rio PĂșblico e da Corregedoria da PolĂ­cia Civil deflagrada em setembro de 2017

Por Wanessa Dias 15/12/2022 às 04:29:39

Foto: Reprodução

A Justiça do Rio condenou o delegado da PolĂ­cia Civil Rodrigo Santoro a 16 anos e quatro meses de reclusão e o policial civil aposentado Delmo Fernandes, a 53 anos e 10 meses de prisão, ambos em regime fechado, por chefiarem uma organização para prĂĄtica de atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pĂșblica e corrupção. A decisão é do juiz da 2ÂȘ. Vara Criminal do Fórum Regional de Santa Cruz, Juarez Costa de Andrade. Na decisão, o juiz também condenou o delegado da PolĂ­cia Civil Thiago Luis Martins da Silva a pena de 15 anos de reclusão, em regime fechado, por integrar a quadrilha.

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Também foram condenados um policial civil, um policial militar, um bombeiro militar e um informante, que atuavam sob o comando de Rodrigo e Delmo, as sentenças que variaram de 3 a 30 anos de reclusão. O magistrado determinou, ainda, a perda do cargo pĂșblico dos dois delegados e dos policiais civis e militares condenados. Por ser aposentado e estar em inatividade, de acordo com jurisprudĂȘncia do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Delmo Fernandes não pôde ter cassado seus proventos.

"Na decisão, o juiz Juarez de Andrade escreveu que "a anĂĄlise da presente ação penal demonstra robusto contorno da incidĂȘncia do delito previsto no artigo 2Âș da Lei nÂș 12.850/2013. Como esclareceu a denĂșncia, tratava-se de estrutura organizada, com hierarquia e comando estĂĄvel e persistente. Sintoma maior disto é que os policiais componentes do nĂșcleo duro da organização acompanhavam o delegado Rodrigo Santoro e o chefe Delmo Fernandes".

Em um segundo processo, envolvendo os mesmos crimes, também sob a chefia de Rodrigo e Delmo, o juiz Juarez Costa de Andrade condenou o policial civil Carlos Tadeu Gomes Freitas Filho a pena de 119 anos de reclusão. Outros dois policiais, Xavier Fernandes Coelho e Rafael Ferreira dos Santos, também foram condenados, respectivamente, a 80 anos e 59 anos de prisão. Neste processo, foram condenados, ainda, outros cinco policiais civis e mais seis réus. Todos os oito policiais civis também tiveram decretadas a perda do cargo pĂșblico.

Ação

Os dois processos são oriundos da Operação Quarto Elemento, operação conjunta do Ministério PĂșblico e da Corregedoria da PolĂ­cia Civil deflagrada em setembro de 2017 para combater a organização criminosa criada utilizando a estrutura da PolĂ­cia Civil do Estado do Rio de Janeiro, conforme a denĂșncia do Ministério PĂșblico. Os crimes foram praticados entre os anos de 2016 e 2017, inicialmente na sede da 34ÂȘ Delegacia de PolĂ­cia [Bangu]. Posteriormente, na sede da 36ÂȘ Delegacia de PolĂ­cia[Santa Cruz]e, finalmente, na sede da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói.

Integrada por policiais civis, informantes da polĂ­cia e, também, policiais militares, a organização criminosa criou, segundo a denĂșncia, uma estrutura ordenada com divisão de tarefas entre os integrantes com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem econômica. Uma das ações da quadrilha era voltada para a obtenção de informações sobre pessoas envolvidas com atividades ilĂ­citas para exigir dinheiro para que elas não fossem presas. Os policiais também permitiam aos informantes o uso de distintivos e armas de fogo da polĂ­cia e até a direção de veĂ­culos da instituição para a prĂĄtica de crimes.

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Fonte: AgĂȘncia Brasil

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