O delegado Luiz Henrique Marques, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente VĂtima (DCAV) ouviu o pai de um adolescente que pode ser uma terceira vĂtima do médico anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, preso acusado de armazenar produto pornogrĂĄfico infantil e estupro.
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De ontem para hoje identificamos o que pode vir a ser uma terceira vĂtima. Um pai procurou a delegacia suspeitando da forma como o filho foi atendido em um hospital.O investigado teria exigido que a criança ficasse sozinha com ele por um bom tempo, entre 20 e 30 minutos, o que despertou a suspeita do pai. Agora vamos prosseguir nas investigações nesse sentido para concluir se realmente é uma vĂtima ou não", disse Luiz Henrique Marques.
Segundo o delegado, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) foi oficiado para saber se realmente Andres Carrillo estava habilitado no momento do procedimento pré-cirĂșrgico e cirurgia.
As investigações da Dcav contou com apoio da inteligĂȘncia da PolĂcia Civil. Os trabalhos investigativos tiveram inĂcio em dezembro, a partir do compartilhamento de informações do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da PolĂcia Federal (PF). Na ocasião, os agentes descobriram arquivos pornogrĂĄficos em posse de Andres e encaminhou o caso à PolĂcia Civil.
Diante das suspeitas, foi autorizada a quebra de dados em compartimentos do celular do suspeito, onde foram encontrados, de fato, mais de 20 mil mĂdias de abusos infantis.
Andres se formou em 2015 na Universidade de Magdalena, em Santa Marta, na Colômbia, e veio para o Brasil em 2017. O médico fez residĂȘncia médica em anestesiologia, prestou o Revalida e, em 31 de janeiro de 2022, obteve a inscrição no Conselho Federal de Medicina. Sua situação no Brasil até a prisão era legal.
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