O sepultamento de Leandro Oliveira Lopes, de 32 anos, foi marcado por dor e saudade. A despedida aconteceu na tarde deste sábado (14) no cemitério São Gonçalo, no bairro Camarão, em São Gonçalo. Amigos e familiares prestaram as últimas homenagens ao segurança que morreu após ter sido atingido por pelo menos sete golpes de espada na madrugada do dia 30 de setembro na frente da boate onde trabalhava, no Centro de Niterói.

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"Meu irmão era um cara trabalhador. Ele tinha um sonho de ter uma filha mulher, sonho este que ele concretizou em vida. Ela completou essa semana um mês de vida, e não vai nem poder conhecer o pai. O meu irmão e a esposa estavam empolgados, eles haviam planejado fazer uma viagem agora em novembro para Arraial do Cabo. Agora eu me pergunto, como vai ser quando a minha sobrinha questionar pelo pai dela? Eu peço às autoridades que se sensibilizem como se fosse da família de vocês. Será que teria tratado esse caso como lesão corporal? Acredito que não. Então eu peço que a Justiça seja feita, que esse não seja só mais um caso. Daqui a pouco tem outra família chorando se eles ficarem soltos na rua. Quem mata uma pessoa a faca não tem sentimento", disse o motorista de aplicativo Thiago Lopes, de 31 anos.

O crime aconteceu na madrugada do dia 30 de setembro, na Rua Barão do Amazonas, no Centro de Niterói. Após um desentendimento, Leandro foi surpreendido por dois adolescentes e um homem na porta da boate onde ele trabalhava. Imagens de câmeras de segurança registraram toda a ação. Em uma das imagens, é possível ver o momento em que o segurança é golpeado.

Um dos golpes perfurou o pulmão de Leandro. O segurança chegou a ficar internado no Azevedo Lima, onde passou por cirurgia e respira com a ajuda de aparelho, mas não resistiu. A família optou por fazer a doação dos órgãos.

Os dois adolescentes envolvidos no criem foram apreendidos, já o homem, que seria pai de um dos menores, ainda não foi preso.

A Polícia Militar diz que só foi acionada quando a vítima já estava no hospital. Já a Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação da 76ª (Centro) de Niterói.

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