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PolĂ­tica

Comissão do Senado aprova Dino para o STF e Gonet para a PGR

Indicações seguem agora para votação em plenĂĄrio

Por Redação 13/12/2023 às 21:28:40

Foto: Agência Brasil

Após quase 11 horas de sabatina, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (13) as indicações do ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF), e do subprocurador da RepĂșblica Paulo Gonet, à Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR). Gonet obteve 23 votos favorĂĄveis, quatro contrĂĄrios e nenhuma abstenção. JĂĄ Dino recebeu votos favorĂĄveis de 17 senadores, dez contrĂĄrios e nenhuma abstenção.

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As indicações seguem agora para votação pelo plenĂĄrio da Casa, após a CCJ aprovar o regime de urgĂȘncia para a matéria, que deve ser analisada ainda na noite desta quarta-feira. Para serem aprovados em definitivo, ambos precisam obter pelo menos 41 votos entre os 81 senadores, a maioria simples.

"Ao longo dessas 10 horas, tivemos a oportunidade de acompanhar um debate assĂ­duo, de alto nĂ­vel, construtivo e democrĂĄtico", destacou o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da CCJ.

Sabatina

A sabatina, que começou por volta das 9h40, foi realizada em sessão conjunta com os dois indicados. Esse formato, decidido pelo presidente da CCJ, gerou crĂ­ticas de senadores de oposição, mas acabou sendo mantido por Alcolumbre, após a mudança no rito previamente previsto, permitindo que os senadores pudessem fazer as perguntas de forma individualizada e não a cada bloco de trĂȘs inquirições, como previamente estipulado.

Em sua fala inicial no inĂ­cio da sabatina, Paulo Gonet destacou o aspecto técnico de sua formação e enfatizou também a pretensão de defender os direitos fundamentais no Brasil, se aprovado para chefiar o Ministério PĂșblico Federal (MPF).

Em sua apresentação, FlĂĄvio Dino enumerou os princĂ­pios que pretende seguir em suas atividades no STF, como a defesa da separação e harmonia entre os poderes, a forma federativa do Estado, com direito ao voto, eleições periódicas, e garantia dos direitos fundamentais. Dino, que atualmente é senador licenciado e ocupa o cargo de ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, seguiu carreira como juiz federal durante vĂĄrios anos. Durante sua fala inicial, ele também procurou diferenciar justamente os papeis de polĂ­tico e juiz.

No decorrer da sabatina, Paulo Gonet ponderou os limites da liberdade de expressão e FlĂĄvio Dino rebateu crĂ­ticas sobre sua atuação como ministro da Justiça durante a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro. Dino também opinou sobre temas como o mandato para ministro dos STF e a regulação de redes sociais.

Perfis

O atual ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino, é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Foi juiz federal por 12 anos, perĂ­odo no qual ocupou a presidĂȘncia da Associação dos JuĂ­zes Federais do Brasil (Ajufe) e a secretaria-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele deixou a magistratura para seguir carreira polĂ­tica, elegendo-se deputado federal pelo Maranhão, em 2006.

O ministro também presidiu a Embratur entre 2011 e 2014, ano em que se elegeu governador do Maranhão. Em 2018, foi reeleito para o cargo. Nas Ășltimas eleições, em 2022, elegeu-se senador e, logo após tomar posse, foi nomeado ministro da Justiça e Segurança PĂșblica. Agora, aos 55 anos, é o indicado do presidente Lula para o STF.

Se aprovado no plenĂĄrio do Senado, Dino assumirĂĄ a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente da Corte, ao completar 75 anos de idade, no inĂ­cio do mĂȘs. Rosa foi nomeada pela então presidente Dilma Rousseff, em 2011.

JĂĄ na Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR), Paulo Gonet ocuparĂĄ a vaga aberta com a saĂ­da de Augusto Aras. O mandato de Aras na PGR terminou no fim de setembro, e a vice-procuradora Elizeta Ramos assumiu o comando do órgão interinamente.

Paulo Gustavo Gonet Branco tem 57 anos de idade e é subprocurador-geral da RepĂșblica e atual vice-procurador-geral Eleitoral. Tem 37 anos de carreira no Ministério PĂșblico. Junto com o ministro Gilmar Mendes, do STF, é cofundador do Instituto Brasiliense de Direito PĂșblico e foi diretor-geral da Escola Superior do Ministério PĂșblico da União.

Fonte: Agencia Brasil

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