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Cidades

Preta Gil colocou todo mundo para dançar durante a entrega de prêmio em Niterói

Premiação dá visibilidade à mulheres que atuam na promoção dos direitos e promoção da emancipação feminina

Por Redacao 10/03/2024 às 16:57:08

Foto: Divulgação

No mês de celebração da luta das mulheres, a Prefeitura de Niterói, por meio da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim), realizou a entrega do Prêmio Inês Etienne Romeu. O prêmio está em sua 7º edição é um reconhecimento público para quem atua de forma relevante na defesa dos direitos das mulheres. Ao todo, foram homenageadas na tarde deste sábado (9), dez personalidades femininas que se destacaram em suas atividades ou participaram da luta pelos direitos da mulher em diversas áreas. Além dessas, a Codim fez ainda uma homenagem póstuma pelo legado deixado pela sua passagem. Para encerrar a tarde de premiação, o público cantou e dançou ao som de músicas marcantes de Preta Gil.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou a luta e a força das mulheres. Ele foi o único homem a fazer parte da mesa e da entrega dos prêmios.

É importante dar visibilidade a cada uma que se envolve, que enfrenta os desafios para que a gente consiga confirmar os direitos das mulheres no dia a dia e reverter inúmeras questões, sejam elas de remuneração ou de espaço no mercado de trabalho, entre outras. Essa é uma história de muita luta e de mulheres de muita força que merecem ser homenageadas", declarou o prefeito.

O prêmio é um reconhecimento público para quem atua de forma relevante na defesa dos direitos das mulheres. As indicações foram escolhidas por intermédio de indicação da própria população e, posteriormente, análise de currículo.

A coordenadora da Codim, Thamyris Elpídio, reforçou que a sororidade precisa fazer parte do processo e que o trabalho de uma mulher impacta sempre em muitas outras, como uma reação em cadeia.

"Nós mulheres sabemos que muitas vezes nós fomos invisibilizadas, que fomos esquecidas no processo histórico. Mas Niterói é uma cidade diferente e está na vanguarda dos direitos da mulher. Esse prêmio traz visibilidade e nos dá protagonismo. É sempre bom a gente ter consciência de que a sororidade precisa ser um valor indispensável da nossa vida. O impacto local, quando unido, tem muita força e gera um impacto global. Aquilo que a gente faz aqui, na nossa realidade de mundo, reverbera em outros espaços", disse Thamyris.

A premiação acontece uma vez ao ano e tem por objetivo dar visibilidade às ações de atuação na defesa dos Direitos das Mulheres pela promoção da emancipação das mulheres, pela difusão de seus direitos ou pela prestação de serviços relevantes à comunidade que tangenciam a pauta e os Direitos das Mulheres.

Conselheira do Conselho de Mulheres de Niterói, Fernanda Sixel reforçou a importância do prêmio como forma de destacar mulheres que contribuem para a luta dos direitos e conquista de espaços na construção de um mundo mais justo e igualitário.

"A gente está numa cidade, uma das mais femininas do Brasil, com mais de 54% da sua população composta por mulheres e muitas já idosas. Então é uma tarefa pensar nas mulheres, nessa multiplicidade e na inclusão. Niterói é referência nacional e está na vanguarda nas políticas de atendimento às mulheres, onde várias cidades não possuem nenhum organismo público com essa missão de pensar políticas públicas exclusivas para as mulheres, já que vivemos numa sociedade que ainda não garante plenamente os nossos direitos. Avançamos muito e eu digo que o mês de março é um mês de celebração, é um mês de luta, é um mês de resistência e de cobrar, mas é um mês de celebrar também as nossas conquistas. A Codim é fruto dessa luta e é uma conquista histórica que chega à maioridade, aos 21 anos. Esse prêmio é importante porque ninguém dá conta de tudo sozinho, a gente tem uma sociedade civil diferenciada e engajada, que contribui muito nesta luta. Hoje viemos homenagear dez mulheres que fazem a diferença no dia a dia dos seus espaços, mulheres que fazem a diferença. Acredito nessa parceria entre sociedade civil e governo para que a gente dialogue, construa junto, cresça e reconheça", disse Fernanda Sixel.

O prêmio Inês Etienne Romeu leva o nome em homenagem à historiadora e ex-integrante de grupos revolucionários na ditadura militar, foi a única pessoa a ser libertada da chamada Casa da Morte, um centro clandestino de tortura utilizado pelos militares e localizado em Petrópolis (RJ). Etienne viveu em Niterói nos seus últimos anos e adorava a cidade. Inês faleceu em 27 de abril de 2015, aos 72 anos.

A cantora Preta Gil encerrou o dia de celebração. Ao som dos maiores sucessos, a cantora fez o público levantar, cantar e dançar. Mas antes, ela falou sobre a importância de homenagear e exaltar as mulheres com premiações como a desta noite.

"Estamos falando e exaltando as mulheres, isso é fundamental. Tenho muito amor e carinho por Niterói, por todas as mulheres que resistem, que lutam e que são fonte inesgotável de amor nessa cidade. A gente precisa de união, a gente precisa nos dar as mãos e mostrar toda a nossa potência. O dia 8 de março é um dia simbólico. Todos os dias são nossos, mas a gente tem que fazer ações afirmativas para que a gente possa caminhar e a sociedade possa ter uma evolução no que diz respeito à equidade de gênero, que é algo muito desigual ainda", enfatizou a cantora.

Ainda participaram da cerimônia, na mesa de premiação, a secretária de Fazenda de Niterói, Marília Ortiz, a coordenadora de equidade e inclusão da UFF, Erika Frazão, que representou o reitor, a chefe de gabinete da Prefeitura de Niterói, Mariane Thamsten, a defensora pública e coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher no Estado do Rio de Janeiro, Dra. Flávia Nascimento, e a superintendente de Autonomia Econômica da Mulher da Secretaria da Mulher do Estado do Rio de Janeiro, Karoline Mendez.

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