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PolĂ­tica

Morador de São Gonçalo é internado no CTI após extração de sisos em Niterói

No dia 5 de março, João Marcos foi submetido à cirurgia de extração de quatro sisos em um consultório odontológico localizado na Avenida Ernani do Amaral Peixoto

Por Redação 08/06/2024 às 09:22:46

Foto: Reprodução

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Uma cirurgia de extração de sisos, que deveria ser um procedimento simples, transformou-se em um pesadelo para o segurança João Marcos de Souza, de 53 anos. Residente de São Gonçalo, João Marcos foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Santa Martha, em Santa Rosa, após apresentar complicações graves de saúde. A família do paciente aponta falhas no atendimento médico.


No dia 5 de março, João Marcos foi submetido à cirurgia de extração de quatro sisos em um consultório odontológico localizado na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro de Niterói. Segundo relatos, ele voltou para casa no mesmo dia, mas, em 6 de março, começou a sentir-se mal. Ao retornar ao consultório, foi prescrito um anti-inflamatório e um antibiótico. No entanto, seu quadro clínico não melhorou.


Preocupada, a família decidiu buscar atendimento no Hospital Santa Martha, onde João Marcos trabalha. A expectativa era de um tratamento mais eficaz por se tratar do local de trabalho do paciente, mas os parentes relatam que não foi o que aconteceu. "Meu cunhado voltou para casa no dia 5 e no dia 6 começou a passar mal. Ele retornou no consultório e receitaram um anti-inflamatório e antibiótico", contou Claudiomira, cunhada do paciente.


Com a saúde de João Marcos se deteriorando, a família contratou um médico de fora do hospital para avaliar o estado dele. Ele foi internado no CTI, necessitando de ventilação mecânica. Claudiomira relatou que houve resistĂȘncia por parte do hospital em fornecer o tratamento adequado. "Eles queriam transferir o meu cunhado para o quarto. Ele não pode ser transferido porque precisa de atendimento intensivo. Se o oxigĂȘnio dele baixar, como vão saber?", questionou.


A situação se agravou ao ponto de o hospital considerar o uso de morfina, o que a família contestou. "Tivemos que contratar um neurologista de fora para poder fazer uma avaliação no João Marcos. Ele analisou o caso, pediu novos exames e viu que ele não era paciente paliativo, pois jĂĄ estavam querendo aplicar morfina nele", explicou Claudiomira. Ela também destacou que o paciente estĂĄ hĂĄ 80 dias internado no CTI sem receber fisioterapia adequada, o que prejudica ainda mais sua recuperação. "Ele estĂĄ muito tempo parado, tem que pelo menos usar aparelhos para estimular a movimentação", completou.


Claudiomira também afirmou que, por conta das contestações, o hospital deixou de dar a atenção necessĂĄria para o paciente. "Fiquei envergonhada em chegar no hospital e saber que não estavam nem dando banho no meu cunhado", desabafou.


Em resposta, o Hospital Santa Martha emitiu uma nota assegurando que todas as medidas necessĂĄrias estão sendo tomadas para garantir o bem-estar do paciente. "O paciente estĂĄ recebendo cuidados médicos especializados, monitoramento contínuo e tratamento adequado. Esclarecemos que não houve prescrição de morfina por motivos paliativos e sim estritamente para fins clínicos e terapĂȘuticos. Todas as informações pertinentes ao estado de saúde e ao plano de tratamento estão sendo compartilhadas", afirmou o hospital.


A família de João Marcos continua em busca de um atendimento adequado e espera que ele possa se recuperar plenamente após esse complicado episódio.

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