A empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi detida na manhã de hoje durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco. A ação visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A prisão ocorreu no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Deolane foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado em Afogados, na Zona Oeste da cidade. Esta operação faz parte da investigação mais ampla chamada "Integration", que começou em abril de 2023.
Além da detenção em Pernambuco, Deolane Bezerra também está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação no Rio ganhou destaque em fevereiro deste ano, após a divulgação de uma foto na qual a influenciadora aparece usando um colar pertencente a Thiago da Silva Folly, conhecido como TH da Maré, chefe do tráfico na comunidade da Maré.
A foto foi tirada durante o Baile da Disney, na Vila do João, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, na noite da última terça-feira. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) está apurando a relação de Deolane com traficantes da comunidade. O delegado Rodrigo Coelho, titular da DRE, afirmou na época: "Queremos entender quem a convidou, se ela recebeu para fazer presença VIP, e explicar essa relação dela e da irmã com o TH. Ambas aparecem em várias imagens com o cordão do criminoso."
No evento, Deolane estava acompanhada por dois amigos e sua irmã, Dayanne Bezerra. A polícia acredita que a presença da influenciadora no baile pode estar relacionada a patrocínios de sites de apostas, já que o artista que se apresentava na noite, Oruam, é patrocinado por uma dessas marcas, assim como Deolane.
Após a repercussão da foto, Deolane comentou: "Fui ao Complexo da Maré ontem, estava lá no Baile da Disney. Oruam cantou lá, top. Fui bem recebida, não gastei um real. Bebi que só o c*, saí 10h. Tirei foto com geral, com cordão, sem cordão. Botaram cordão em mim, tiraram. E poucas. Eu sou isso, eu vim da favela e vou continuar indo. Sabe por quê? Tem pessoas lá que nunca vão poder me ver se eu não for."
As investigações continuam, e a Polícia Civil de Pernambuco, juntamente com outras autoridades, segue apurando a complexa rede de atividades ilegais relacionadas ao caso.