O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira (6), que o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, tem direito a se defender sobre as acusações de assédio sexual supostamente cometido por ele. Lula vai conversar com Almeida nesta tarde e afirmou que "alguém que pratica assédio não vai ficar no governo". Receba notĂcias do São Gonçalo RJ no seu Whatsapp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o grupo: Clique aqui!
"Eu estou numa briga danada contra a violĂȘncia contra as mulheres. O meu governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem definitivamente numa parte importante da polĂtica nacional. Eu não posso permitir que tenha assédio. Então é o seguinte, nós vamos ter que apurar corretamente. Mas eu acho que não é possĂvel a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, a defesa das mulheres, a defesa, inclusive, dos direitos humanos com alguém que esteja sendo acusado de assédio", disse Lula.
"Eu só tenho que ter o bom senso, é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocĂȘncia, ele tem direito de se defender. Nós vamos colocar PolĂcia Federal, o Ministério PĂșblico, a Comissão de Ética da PresidĂȘncia da RepĂșblica para investigar", acrescentou o presidente em entrevista à RĂĄdio Difusora, em Goiânia.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estaria entre as vĂtimas do ministro dos Direitos Humanos. Ao tomar ciĂȘncia das denĂșncias, Lula determinou que Silvio Almeida também prestasse esclarecimentos aos ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça e Segurança PĂșblica (MJSP).
"Primeiro, vou conversar com meus trĂȘs ministros (CGU, AGU e MJSP), vou conversar com mais duas mulheres que estão no governo, que são ministras, e depois eu vou conversar tanto com o Silvio, quanto com a Anielle e vou tomar a decisão [sobre a permanĂȘncia de Silvio Almeida no governo]", disse.
Lula cumpre agenda em Goiânia e a previsão é que desembarque em BrasĂlia às 14h20 para as reuniões com os ministros.
"O governo precisa de tranquilidade, o paĂs estĂĄ indo bem, as coisas estão funcionando bem, a economia estĂĄ crescendo [...]. Eu não vou permitir que um erro pessoal de alguém ou um equĂvoco de alguém vĂĄ prejudicar o governo. Nós queremos paz e tranquilidade e assédio não pode coexistir com a democracia, com respeito aos direitos humanos e sobretudo com respeito aos subordinados", reafirmou o presidente.
No final da manhã de hoje, a Comissão de Ética PĂșblica (CEP) divulgou nota afirmando que, em reunião extraordinĂĄria, decidiu, por unanimidade, pela abertura de procedimento preliminar, para solicitar esclarecimentos ao ministro.
A PolĂcia Federal também confirmou que vai investigar as denĂșncias de suposto assédio sexual.
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Fonte: AgĂȘncia Brasil