Na noite desta quarta-feira (6), Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, foi palco de um crime que chocou a comunidade local. O sargento da Polícia Militar Rodrigo Noval de Oliveira, lotado no 30º BPM de Teresópolis e também renomado escritor, foi assassinado em uma abordagem violenta. Rodrigo era muito respeitado tanto em seu papel na segurança pública quanto por sua contribuição literária. Ele era membro da Academia Friburguense de Letras, com sede em Nova Friburgo, e autor de diversos livros de poesia e contos. Receba notícias do São Gonçalo RJ no seu Whatsapp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o grupo: Clique aqui!

Rodrigo Noval, nascido em Niterói em 25 de setembro de 1978, ingressou na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em 2005. Além de sua carreira na corporação, cultivava uma forte paixão pela literatura. Em 2011, lançou seu primeiro livro, *Chá de Poesia*, pela Editora Livre Expressão, sendo reconhecido internacionalmente por seu talento ao receber um prêmio da Editora Sapere, que o destacou entre poetas de Brasil, Portugal e Moçambique. Rodrigo lançou também *Poesia Nua* e, em 2013, participou da fundação da 1ª Feira Literária de Armação dos Búzios, ao lado do escritor Marco Provazzi.

Após se mudar para Nova Friburgo em 2014, Rodrigo continuou a fomentar a literatura, organizando, em 2015, a 1ª Feira Literária do 11º Batalhão de Polícia Militar. Em 2017, publicou *Corpos Inversos*, uma coletânea de contos que lhe rendeu destaque no cenário cultural. Em 2022, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) lhe concedeu uma moção de aplausos por sua dedicação à literatura. No início de 2023, ele assumiu a cadeira nº 21 na Academia Friburguense de Letras, tendo como patrono o escritor Inglês de Sousa, e estava prestes a lançar seu quarto livro, *Corações Devassos*.

De acordo com as primeiras informações, Rodrigo estava em seu veículo, um Siena prata, quando foi abordado por criminosos armados, que dispararam diversas vezes e fugiram levando seu carro. O veículo foi localizado posteriormente, abandonado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). A Polícia Militar e a Perícia Técnica realizaram uma análise no local, coletando provas para auxiliar nas investigações. Até o momento, não há informações sobre a motivação do crime, e as autoridades estão empenhadas em identificar os responsáveis.

O secretário de Cultura de Nova Friburgo, onde Rodrigo era uma figura influente, lamentou profundamente a perda: "Rodrigo era um defensor da arte e da literatura e um policial dedicado. Sua morte é uma perda irreparável para a comunidade cultural e para a sociedade."

A Polícia Civil segue investigando o caso, com reforço das equipes de inteligência e patrulhamento ostensivo.

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