Nesta segunda-feira (25), a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República decidiu arquivar um pedido de investigação contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O processo, que é sigiloso, não está relacionado às acusações de assédio sexual feitas pela ONG Me Too, que levaram à sua demissão em setembro deste ano.

A queda de Silvio Almeida ocorreu após denúncias de assédio sexual, incluindo uma suposta vítima de grande relevância: a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O caso gerou forte repercussão política, culminando na substituição de Almeida por Macaé Evaristo, atual titular do Ministério dos Direitos Humanos.

Em outubro, Silvio Almeida foi alvo de duas denúncias protocoladas na CEP. Segundo o governo, ambas as denúncias partiram de canais oficiais internos e não possuem relação com as alegações apresentadas pela ONG Me Too.

A CEP não divulgou detalhes sobre as razões do arquivamento, mas destacou que o processo foi analisado com base em critérios éticos e normativos.

Até o momento, a defesa de Silvio Almeida e a Casa Civil não se manifestaram sobre a decisão da CEP. O caso ainda reverbera nos bastidores políticos, especialmente devido à gravidade das acusações que provocaram a destituição do ex-ministro.

Silvio Almeida, que ganhou projeção nacional por sua atuação em pautas sociais, enfrenta um momento delicado em sua carreira, com sua imagem pública abalada pelos desdobramentos das denúncias. A decisão da CEP pode trazer algum alívio, mas não altera o impacto causado pelas alegações anteriores.