A virada de ano, tradicionalmente marcada por festas, brindes e celebrações, será ainda mais especial para a alta cúpula política de São Gonçalo. A Câmara Municipal está prestes a votar, logo no início de 2025, um aumento considerável nos salários do prefeito reeleito, capitão Nelson (PL), do vice eleito, João Ventura (União), dos secretários municipais e até mesmo dos próprios vereadores. Os projetos de lei e de resolução que preveem esses reajustes são de autoria da mesa diretora e, caso aprovados, começarão a valer a partir de 1º de janeiro de 2025.

A medida, que promete gerar grandes impactos nos cofres públicos da cidade, foi apresentada com a justificativa de que os reajustes são necessários para acompanhar a inflação e garantir a "dignidade do cargo", considerando o cenário econômico atual. No caso do poder executivo, o aumento foi justificado pela necessidade de valorizar os agentes políticos e atender aos princípios constitucionais e legais de gestão pública.

Os números do reajuste são expressivos. O salário do prefeito reeleito, capitão Nelson, passará de R$ 20,8 mil para R$ 23,8 mil. Já o vice-prefeito João Ventura terá seu salário elevado de R$ 13,8 mil para R$ 19,1 mil. Os secretários municipais, que atualmente recebem R$ 11,5 mil, terão um aumento significativo, passando a receber R$ 16,7 mil. Por fim, os vereadores também não ficarão de fora: seus salários, que hoje giram em torno de R$ 18,9 mil, serão ajustados para R$ 21,8 mil.

Em tempos de crise econômica e com a cidade enfrentando desafios financeiros, a proposta de reajustes elevados gerou controvérsias entre a população e especialistas. Para muitos, o aumento não condiz com a realidade de grande parte dos gonçalenses, que lidam com salários baixos e altos índices de desemprego. Por outro lado, os defensores do aumento argumentam que os cargos públicos devem ser bem remunerados para garantir que seus ocupantes possam trabalhar com dedicação e eficiência.

De qualquer forma, os projetos de aumento salarial parecem ser um presente antecipado de fim de ano para os políticos gonçalenses, em um contexto onde "muito dinheiro no bolso" e "saúde para dar e vender" serão os grandes motivos de celebração para quem ocupa os postos mais altos do poder municipal. A expectativa é que a votação na Câmara Municipal ocorra em breve, com a cidade aguardando para ver se esses aumentos serão mesmo aprovados.