Juliana Leite Rangel, a jovem de 23 anos que foi baleada na cabeça por policiais rodoviários federais na véspera de Natal enquanto estava a caminho de Niterói, teve uma piora significativa em seu estado de saúde. A informação foi confirmada pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, na noite de terça-feira (7). Segundo os médicos, Juliana apresentou febre e sinais clínicos e laboratoriais indicativos de uma nova infecção. Como resultado, os médicos foram forçados a retomar o controle da pressão arterial com medicação, reiniciar a ventilação mecânica e aplicar sedação leve novamente, interrompendo temporariamente o processo de recuperação da jovem. Receba notícias do São Gonçalo RJ no seu Whatsapp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o grupo: Clique aqui!

O agravamento do quadro infeccioso vem após uma semana em que Juliana demonstrou uma melhora considerável. Ela havia começado a reagir aos estímulos, sentindo os membros e até se comunicando com a família por meio de leitura labial. Durante esse período, a jovem expressou seu carinho pelos familiares e demonstrou o desejo de voltar para casa. O médico Thiago Resende, diretor do hospital, havia revelado que Juliana não sentia dor na cabeça e que respondia aos toques nos membros, evidenciando sensibilidade.

Enquanto isso, agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram na terça-feira (7) a reconstituição da abordagem que resultou no disparo contra Juliana. A simulação do caso foi feita ao longo de 300 metros da BR-040 e durou cerca de duas horas. A reconstituição contou com o uso de tecnologia avançada, incluindo scanner e drones, e teve como objetivo entender com mais precisão as circunstâncias da abordagem ao veículo em que Juliana estava acompanhada de familiares.

O caso segue gerando comoção e levantando questionamentos sobre a conduta dos policiais envolvidos. A investigação sobre o incidente continua, com a expectativa de que a reconstituição ajude a esclarecer os detalhes da ação e a eventual responsabilidade dos agentes.

Juliana continua em estado grave e sua família mantém a esperança em sua recuperação, apesar das complicações. A comunidade aguarda por respostas e justiça, enquanto os médicos tentam estabilizar o quadro de saúde da jovem.

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