O caso do bolo envenenado que chocou a cidade de Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, ganhou novos desdobramentos. Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar a sobremesa que matou três pessoas e intoxicou outras três na família de sua sogra, Zeli dos Anjos, fez uma visita inesperada ao hospital onde a idosa segue internada.
O crime aconteceu em 24 de dezembro, mas no dia 26, Deise foi até a unidade de saúde levando suco, água e chocolates para Zeli, que se recupera da intoxicação. Durante a visita, segundo informações da RBS TV, Deise teria questionado Zeli sobre o preparo do bolo, levantando suspeitas entre os familiares.
Comportamento suspeito
Testemunhas relataram que Deise perguntou detalhes sobre o uso de ingredientes como uvas passas e frutas cristalizadas, itens típicos da receita tradicional da família. Além disso, os lacres dos produtos que ela levou ao hospital estavam rompidos, aumentando a desconfiança de parentes que já estranhavam sua atitude.
Vítimas e investigação
O bolo, envenenado com arsênio, causou a morte de três pessoas: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos. Um menino de 10 anos, neto de Neuza, e o marido de Maida também foram hospitalizados, mas já receberam alta.
Zeli dos Anjos, que ainda está internada, luta pela recuperação. A perícia confirmou a presença de "altíssimas concentrações de arsênio" no sangue das vítimas, reforçando a suspeita de envenenamento proposital.
Motivação antiga
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o suposto crime teria sido motivado por uma desavença familiar que começou há mais de 20 anos. A relação conflituosa entre Deise e outros membros da família teria levado à tragédia durante as comemorações de Natal.