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Realização do Carnaval de 2022 ainda é incerta no Rio

Presidente da Liga das Escolas de Samba afirmou que desfiles podem ser adiados se Sapucaí não puder ter 100% do público; secretário municipal de Saúde diz que acredita em novo cenário epidemiológico até o fim do ano


Foto: © Fernando Frazão

Representantes de blocos carnavalescos e de escolas de samba, especialistas na área de saúde e integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Secretaria Municipal de Cultura, da RioTur e da vigilância sanitária municipal estiveram reunidos, nesta sexta-feira (01), para discutir as perspectivas e os riscos de realizar o carnaval na cidade do Rio em 2022. A audiência foi conduzida pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL), presidente da Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal do Rio.

Um documento produzido pelo pneumologista Hermano Castro, pesquisador da Fiocruz, e pelo epidemiologista Roberto Medronho, professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, aponta indicadores mínimos para a realização de um evento de grande porte como o carnaval. Entre eles estão um índice de pelo menos 80% da população totalmente vacinada, a baixa taxa de contágio, a disponibilidade de leitos e enfermarias e a testagem para os trabalhadores do carnaval.

O epidemiologista Roberto Medronho deixa claro que o documento deve apenas orientar, mas que a decisão final é do Poder Público, e ressalta que não há como zerar completamente os riscos. "Qualquer evento há riscos de ter doenças infecciosas das mais variadas. Esses indicadores são para nortear a decisão de ter ou não carnaval, mas para além disso precisamos, em função não só das questões econômicas, mas também das questões referentes à saúde mental de todos, saber que há incertezas, entretanto os benefícios em realizar esses eventos podem superar os riscos de sua realização", acredita Medronho.

O vereador Tarcísio Motta afirmou que as recomendações serão encaminhadas para análise do Comitê Científico, que auxilia a Prefeitura do Rio a tomar decisões referentes à Covid-19 no município. "Cobraremos para que a Prefeitura possa tornar pública quais são essas condições, critérios e protocolos para confirmar a realização do carnaval e garantir a segurança da cidade antes, durante e depois do carnaval de 2022".

Para a vice-presidente da Comissão, vereadora Monica Benicio (PSOL), será um desafio pensar na realização de um evento de massa nesse pós-pandemia. "Com o retorno da celebração do carnaval, como é que a gente vai manter as suas características e a sua dinâmica após um dos mais graves colapsos do sistema de saúde do mundo?", questiona.

Secretário acredita em cenário favorável

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, garantiu que, apesar de orientar os órgãos públicos municipais para a realização tanto do réveillon deste ano, como do carnaval de 2022, a pasta está acompanhando os números de perto e que os eventos só irão ocorrer se a taxa de transmissão estiver em baixa.

"A expectativa é ter mais de 90% da população adulta carioca vacinada com a segunda dose até meados do mês de novembro. A gente acredita que até dezembro vamos ter um panorama epidemiológico muito diferente, se não tiver uma nova variante", afirmou. "Mas é uma doença nova, tem outras variáveis que podem interferir no processo, e é preciso cautela", reforçou o secretário.

Daniel Soranz afirmou ainda que a presidente da RioTur, Daniela Maia, já havia enviado um ofício, solicitando que o Comitê Científico se manifeste e dê um parecer sobre a realização ou não do carnaval.

Dúvida sobre desfiles

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Perlingeiro foi taxativo: se não puder realizar o carnaval com 100% da capacidade, a Liga irá realizar o desfile em outra data. "Caso não possamos realizar o carnaval em sua plenitude no mês de fevereiro, o espetáculo será prorrogado para julho. Não podemos reduzir o seu tamanho, nem em público, porque assim não teremos dinheiro para bancar o evento, e nem de participação dos componentes", relevou Perlingeiro.

Preocupados com o pouco tempo que falta para garantir os preparativos e documentos necessários à participação no carnaval, representantes dos blocos de rua querem uma data limite para que os órgãos públicos decidam sobre a realização da festa. "A ciência e a vida estão acima de qualquer decisão. Não faremos carnaval se os órgãos públicos não derem, em tempo hábil, o sinal verde de que há condições de realizar o carnaval de rua em 2022", afirma Rita Fernandes, presidente da liga de blocos da Sebastiana.

Próximas audiências

A Comissão Especial do Carnaval irá realizar, no próximo dia 15, uma audiência pública para tratar do fomento para o carnaval de rua. No dia 22, o colegiado se reúne novamente para discutir sobre o carnaval das escolas de samba.

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