O Ministério PĂșblico do ParanĂĄ (MP-PR), por meio do promotor Tiago Lisboa Mendonça, requereu ao final da tarde desta sexta-feira (15) a conclusão das perĂcias pendentes relacionadas ao inquérito que investiga o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda.
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Conforme jĂĄ noticiado os advogados que assistem à famĂlia de Marcelo criticaram a rapidez com que o inquérito foi fechado. Dentre as queixas, os advogados mencionaram pendĂȘncias com perĂcias a serem realizadas, entre elas, sobre o celular do autor do atentado, o policial penal federal José Jorge da Rocha Guaranho.
Em sua manifestação, o promotor Tiago Lisboa Mendonça afirma que aguarda, "além da conclusão das atividades investigativas pela Delegacia de HomicĂdios de Foz do Iguaçu, com o consequente encarte do despacho de indiciamento formal do investigado e relatório conclusivo, a juntada dos laudos periciais eventualmente pendentes". Na noite desta sexta, após manifestação do MP-PR, a Delegacia de HomicĂdios enviou o relatório conclusivo. O órgão aguarda ainda os laudos periciais.
Para Daniel Godoy Junior, um dos advogados da famĂlia da vĂtima, a posição do Ministério PĂșblico faz coro às inconsistĂȘncias do relatório final apresentado na manhã desta sexta pela PolĂcia Civil do ParanĂĄ. "O MP não caiu na história de dar por concluĂda a investigação sem os autos das perĂcias. Imagino que por esse motivo o MP não participou da coletiva, muito provavelmente não quiseram se comprometer com a encenação", avalia o advogado.
Na avaliação de Godoy, a entrevista coletiva coordenada pela PolĂcia Civil foi uma "balela" para beneficiar o autor do atentado. "A conclusão da delegada em cindir a ação executiva do criminoso em dois momentos favorece apenas a defesa. Entendeu-se que houve uma ação polĂtica, e depois ação de resposta emocional à 'humilhação'. Isso facilita a alegação de que o réu agiu em legĂtima defesa após injusta provocação da vĂtima. Note que a advogada do Guaranho acompanhou a esposa deste", observa o advogado da famĂlia da vĂtima.
Os resultados do inquérito sobre o assassinato de Marcelo pelo bolsonarista Jorge Guaranho foram apresentados pela PolĂcia Civil na manhã de hoje. Em coletiva de imprensa, a delegada responsĂĄvel pelo caso, Camila Cecconello, afirmou que o crime não se enquadra como motivação polĂtica.
Além de questionar a ausĂȘncia da perĂcia do aparelho celular do autor do crime, os advogados criticam a presença da delegada Iane Cardoso, reconhecida apoiadora do presidente Bolsonaro.
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Fonte: Brasil de Fato