19/05/2024 (21) 979164559

PolĂ­cia

MP do Paraná solicita resultado da perícia no celular do assassino de Marcelo Arruda

PolĂ­cia encerrou as investigações sem analisar aparelho celular do assassino

Por Wanessa Dias 16/07/2022 às 08:19:19

Foto: Reprodução

O Ministério PĂșblico do ParanĂĄ (MP-PR), por meio do promotor Tiago Lisboa Mendonça, requereu ao final da tarde desta sexta-feira (15) a conclusão das perĂ­cias pendentes relacionadas ao inquérito que investiga o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda.

Quer receber nossas principais notĂ­cias pelo WhatsApp? Se sim, CLIQUE AQUI e participe do nosso grupo. Lembrando que apenas administradores podem enviar mensagens.

Conforme jĂĄ noticiado os advogados que assistem à famĂ­lia de Marcelo criticaram a rapidez com que o inquérito foi fechado. Dentre as queixas, os advogados mencionaram pendĂȘncias com perĂ­cias a serem realizadas, entre elas, sobre o celular do autor do atentado, o policial penal federal José Jorge da Rocha Guaranho.

Em sua manifestação, o promotor Tiago Lisboa Mendonça afirma que aguarda, "além da conclusão das atividades investigativas pela Delegacia de HomicĂ­dios de Foz do Iguaçu, com o consequente encarte do despacho de indiciamento formal do investigado e relatório conclusivo, a juntada dos laudos periciais eventualmente pendentes". Na noite desta sexta, após manifestação do MP-PR, a Delegacia de HomicĂ­dios enviou o relatório conclusivo. O órgão aguarda ainda os laudos periciais.

Para Daniel Godoy Junior, um dos advogados da famĂ­lia da vĂ­tima, a posição do Ministério PĂșblico faz coro às inconsistĂȘncias do relatório final apresentado na manhã desta sexta pela PolĂ­cia Civil do ParanĂĄ. "O MP não caiu na história de dar por concluĂ­da a investigação sem os autos das perĂ­cias. Imagino que por esse motivo o MP não participou da coletiva, muito provavelmente não quiseram se comprometer com a encenação", avalia o advogado.

Na avaliação de Godoy, a entrevista coletiva coordenada pela PolĂ­cia Civil foi uma "balela" para beneficiar o autor do atentado. "A conclusão da delegada em cindir a ação executiva do criminoso em dois momentos favorece apenas a defesa. Entendeu-se que houve uma ação polĂ­tica, e depois ação de resposta emocional à 'humilhação'. Isso facilita a alegação de que o réu agiu em legĂ­tima defesa após injusta provocação da vĂ­tima. Note que a advogada do Guaranho acompanhou a esposa deste", observa o advogado da famĂ­lia da vĂ­tima.

Os resultados do inquérito sobre o assassinato de Marcelo pelo bolsonarista Jorge Guaranho foram apresentados pela PolĂ­cia Civil na manhã de hoje. Em coletiva de imprensa, a delegada responsĂĄvel pelo caso, Camila Cecconello, afirmou que o crime não se enquadra como motivação polĂ­tica.

Além de questionar a ausĂȘncia da perĂ­cia do aparelho celular do autor do crime, os advogados criticam a presença da delegada Iane Cardoso, reconhecida apoiadora do presidente Bolsonaro.

Leia também o São Gonçalo RJ através do Google NotĂ­cias.

Curta nossa pĂĄgina no Facebook é só clicar no botão



Fonte: Brasil de Fato

Comunicar erro
ComentĂĄrios