Um estudante autista de 16 anos foi agredido por três rapazes dentro de um ônibus em Maricá, quando voltava da escola para casa na tarde desta quinta-feira (3). A vítima ficou com hematomas no pescoço e na cabeça, além de cortes nos lábios. Segundo Rosane Réde, de 48 anos, mãe do adolescente, o filho está em estado de choque. O caso aconteceu num dos ônibus da Empresa Pública de Transporte (EPT).

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Faz pouco tempo que Rosane passou a permitir o filho ir e voltar da escola sozinho, para dar mais autonomia, a pedido dele, no percurso que dura apenas 10 minutos entre o Centro da cidade, onde ele cursa o 8º ano do Ensino Fundamental no Centro Educacional Joana Benedicta Rangel, e a casa da família, em São José.

Sempre o acompanhei. Mas por ser muito grande, ele estava se sentindo constrangido e queria começar a ser mais independente. E passou a vir da escola sozinho agora. E ontem estava o tempo chuvoso. A mediadora me ligou porque ele estava sem sombrinha. Eu pedi para deixá-lo um pouco mais de tempo lá na escola, para ver se a chuva ia diminuir e ele vir para casa. Ele pegou o ônibus, e dentro havia três caras sentados lá trás, Começaram a puxar o short dele, aí ele ficou envergonhado, querendo se defender, né? Reclamou com um deles. E os três começaram a dar socos nele. Eles o jogaram no chão do ônibus. Bateram, machucaram a boca dele toda com socos. Ele está com a orelha roxa e cortada. Pegaram o óculos dele, o fone de ouvido também.

Ainda segundo a mãe da vítima, as agressões somente pararam quando uma passageira interveio. Ela contou ainda que o motorista seguiu viagem normalmente.

O caso será investigado pela 82ª Delegacia Policial (DP) de Maricá, que irá solicita as imagens das câmeras de segurança do ônibus para tentar identificar os agressores.

Procurada, a Empresa Pública de Transportes disse que tomou conhecimento do caso após registro na Ouvidoria, na manhã desta sexta-feira (4) e já está em contato com o denunciante para identificar o número do coletivo e o motorista. As imagens das câmeras serão cedidas à Polícia Civil para identificação dos agressores. A conduta do motorista também será apurada para verificar se houve negligência em sua atuação. Em casos de violência flagrados por motoristas dentro do coletivo, a Polícia Militar ou a Guarda Municipal devem ser acionadas.

A Prefeitura de Maricá lamentou o ocorrido e disse que repudia esse tipo de ação.

O executivo repudia veementemente a agressão sofrida pelo estudante. E alerta que todo flagrante de agressão deve ser encaminhado às autoridades competentes para ser punido com o rigor da lei. A Prefeitura considera inaceitável que episódios como esse aconteçam com estudantes da cidade.

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