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Movimento dos Trabalhadores Sem Terra realiza atos no Brasil

Por Redação 16/05/2023 às 09:10:57

Foto: Divulgação

O movimento nacional Trabalhadores Sem Direitos realiza nesta terça-feira, 16, uma jornada de atos em cinco pontos do Brasil: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal. Em cada capital haverá um tipo de manifestação e os horários também mudam de estado para estado.

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Os atos previstos vão de travamentos de estradas, a uma ação direta na empresa iFood e ainda uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A jornada tem por objetivo chamar a atenção da sociedade civil e do poder público para as muitas pautas dos trabalhadores da economia informal. Após o longo período de pandemia de Covid 19, juntamente com as seguidas crises econômicas no país e no mundo, e o aumento vertiginoso do desemprego, a taxa de informalidade já corresponde a 40,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais), segundo o IBGE.

O Sem Direitos nasceu há um ano da necessidade de lutar por direitos básicos, pelo direito ao trabalho, contra a discriminação que estas/es trabalhadoras/es sofrem diariamente, e contra a invisibilidade das categorias informais. O movimento representa camelôs, ambulantes, feirantes, motoristas e entregadores de aplicativos, catadores de recicláveis, diaristas, pedreiros, cuidadores, costureiras, manicures, cozinheiras, entre tantas outras que acolhem pessoas sem registro em carteira.

O movimento elaborou uma extensa pauta de reivindicações para apresentar ao Governo. Dentre os pleitos está a criação de um salário social para informais, que não seja um "auxílio emergencial" e sim um pagamento fixo e mensal para informais, a exemplo do que existe na Argentina. O perdão das dívidas do MEI e a fundação de uma agência regulatória dos aplicativos (de entrega ou de transporte urbano) também estão também estão sendo pleiteados.

O coordenador geral do Sem Direitos, Severino Souto Alves, fala sobre a urgência de organizar as categorias e combater o crescimento da precarização do trabalho. "O mundo do trabalho não é mais o mesmo. O Brasil como a gente conheceu, onde grande parte da sociedade trabalhava de carteira assinada e tinha suas garantias de direitos trabalhistas e previdenciários está acabando e entrando em uma nova dinâmica". Ele lembra que o desemprego existia, mas que de alguma forma era contido. Hoje, a dinâmica citada por Severino é a informalidade que quase alcança o número de registros em carteira. "Além de trabalhos precarizados, com muitos deveres e nenhum direito, há a invisibilidade de muitas categorias, a marginalização de outras. É contra isso tudo que queremos protestar. Ontem (15/05) tivemos a paralização dos motoristas de aplicativos. Em breve, teremos uma greve nacional dos entregadores. Queremos ser ouvidos e atendidos. Somos informais, mas não somos invisíveis", afirma o coordenador.

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