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PolĂ­cia

Adolescentes são alvos de operação para combater abuso sexual e racismo na internet

Por Redacao 27/06/2023 às 12:40:56

Menor suspeito de usar Discord para violência sexual e estimular automultilação e suicídio é apreendido pela polícia do RJ ?- Foto: Reprodução

Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente VĂ­tima (DCAV) deflagraram, nesta terça-feira (27/06), a "Operação Dark Room" (Quarto Escuro) e apreenderam dois adolescentes apontados como responsĂĄveis por praticar estupros e induzir meninas a automutilação e suicĂ­dio por meio da plataforma Discord. Um dos alvos, de 17 anos, era considerado um dos principais lĂ­deres do grupo.

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A ação aconteceu em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste da capital do Rio de Janeiro, e no municĂ­pio de Volta Redonda, Região do Médio ParaĂ­ba fluminense, e teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão contra os dois adolescentes. Aparelhos eletrônicos foram apreendidos.

As investigações começaram em março deste ano, após compartilhamento de dados de inteligĂȘncia com a PolĂ­cia Federal e polĂ­cias civis de diversos estados do paĂ­s. Durante a apuração, a equipe da DCAV constatou os crimes cometidos por jovens e adolescentes na plataforma, um aplicativo de comunicação com suporte a mensagens de texto, voz e chamadas de vĂ­deo.

Sobre a plataforma


O programa foi concebido inicialmente para a comunidade "Gamer" e se popularizou entre os jovens e adolescentes, em que usuĂĄrios com interesses comuns se reĂșnem para se comunicarem. De acordo com as investigações, a plataforma Discord era utilizada por um mesmo grupo, de vĂĄrias regiões do paĂ­s, para cometer atos de violĂȘncia contra animais e adolescentes, além de divulgar pedofilia, zoofilia e fazer apologia ao racismo e nazismo.

Os agentes obtiveram vĂ­deos em que animais são mutilados e sacrificados como parte de desafios impostos pelos administradores (lĂ­deres) como condição para membros ganharem cargos, o que se traduzia em permissões e acesso a funções dentro do grupo. A maioria das ações era transmitida ao vivo em chamadas de vĂ­deo para os integrantes.

Adolescentes também eram chantageadas e constrangidas a se tornarem escravas sexuais dos lĂ­deres, que cometiam "estupros virtuais", também transmitidos ao vivo pela internet. Durante o ato, as meninas eram xingadas, humilhadas e obrigadas a se automutilar.

As vĂ­timas, de vĂĄrias regiões do Brasil, eram escolhidas na própria plataforma, seja por meio de perfis abertos nas redes sociais ou até indicadas por integrantes do grupo. Com dados pessoais das vĂ­timas, os investigados iniciavam uma série de chantagens, afirmando que possuĂ­am fotos comprometedoras que seriam divulgadas ou enviadas para os pais das mesmas.

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