A cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, enfrenta momentos de tensão e desespero em meio às intensas chuvas que têm assolado a região. Imagens impressionantes de um cavalo ilhado no telhado de uma casa chamaram a atenção na manhã desta quarta-feira. A situação do animal é desoladora, com poucos metros para se movimentar em cima das telhas e sem ter para onde ir, enquanto acompanha a linha da água subir.

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A tragédia não se restringe apenas aos animais, pois dezenas de animais domésticos também estão perdidos, aumentando a preocupação e a comoção da população local. Em resposta a essa situação, organizações de proteção animal estão mobilizando esforços para resgatar os animais afetados pelas enchentes. Além disso, grupos independentes estão usando as redes sociais para criar anúncios e auxiliar os pets a encontrar seus donos ou um novo lar em meio ao caos.

O cenário de devastação se estende por toda a região, como destacou o governador gaúcho, Eduardo Leite, em entrevista coletiva na última terça-feira. Segundo Leite, 414 municípios foram afetados pelas chuvas, um número quatro vezes maior do que na última catástrofe, ocorrida em setembro de 2023. Os números são alarmantes: 66.434 pessoas estão em abrigos, 158.992 desalojados e 372 feridos socorridos.

Diante da gravidade da situação, o Senado aprovou na terça-feira um projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no país para atendimento às cidades atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul. Essa medida permite que o Legislativo repasse verbas às regiões alagadas sem precisar cumprir regras fiscais, agilizando o apoio emergencial às vítimas.

As cidades do Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas, começam a avaliar os estragos deixados pelos temporais à medida que o nível do Rio Taquari diminui. O rio chegou a ultrapassar 30 metros durante a semana, causando destruição em diversas áreas e deixando um rastro de desabrigados.

Além disso, as chuvas provocaram danos significativos nas rodovias estaduais gaúchas, com 95 trechos em 41 rodovias apresentando bloqueios totais e parciais, incluindo estradas e pontes. Autoridades estão trabalhando para desobstruir as vias o mais rápido possível, visando garantir a segurança e mobilidade de veículos e pedestres.

Nesse momento de crise, a solidariedade e a união da comunidade são fundamentais para enfrentar os desafios e auxiliar as vítimas das enchentes a reconstruir suas vidas.

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