O dia 2 de setembro deste ano estava quase terminando como um dia igual a qualquer outro para o músico Luiz Carlos da Costa Justino, de 23 anos, morador da comunidade da Igrejinha, no Largo da Batalha. Segundo o advogado da famÃlia, após o jovem se apresentar em frente ao Terminal das Barcas, no Centro, de Niterói, ele e outros dois amigos aproveitaram para conversar atrás do shopping Bay Market, mas tudo mudou após o trio ser abordado por agentes do programa Niterói Presente.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na 76 ° Delegacia de PolÃcia (DP), do Centro, os militares realizaram a abordagem por volta de 19h40, eles verificaram que contra Luiz Carlos havia um mandado de prisão preventiva em aberto pelo crime de roubo a mão armada.
A famÃlia alega que existe um erro, que no mesmo dia do crime 17 de novembro de 2017, que o musico está sendo acusado, ele estaria se apresentando em uma padaria em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói.
"Meu filho estava se apresentando quando esse crime que ele está sendo acusado aconteceu", disse a comerciante Angelica da Costa, mãe do músico.
O advogado que esta representado o músico já entrou com uma petição para revogar a prisão.
Rodrigo Neves, prefeito de Niterói usou as redes sociais para falar sobre o caso.
"Peço atenção a esse caso grave contra um jovem niteroiense de uma comunidade de nossa cidade. Que o mais rápido possÃvel o recurso judicial feito pelo advogado da famÃlia vai ser acolhido e que Luiz Carlos seja colocado em liberdade e a injustiça reparada", disse.
Entregador preso
A famÃlia do entregador Jefferson Ribeiro, de 21 anos, morador da comunidade do Cavalão, na Zona Sul de Niterói, também lutam para libertar o jovem que foi preso durante uma abordagem em Charitas, no dia quando estava a caminho da casa da namorada.
Segundo a famÃlia, Jefferson foi preso em 2017, porém, em Junho de 2019 saiu do sistema prisional e estava fazendo biscates como entregador de quintinhas, na empresa da famÃlia, no local além de Jefferson, trabalha as duas irmãs que são as cozinheiras.
"Desde que ele foi preso não estamos abrindo a empresa", disse a irmã, Adriner Ribeiro.
Ainda de acordo com a famÃlia, Jefferson foi abordado por agentes do Niterói Presente, por volta das 18 horas, no bairro de Charitas, durante a abordagem os agentes teriam dito que tinha um erro e ele seguiu para a 76° DP (Centro),e lá ficou sabendo que havia três mandato de prisão em aberto no nome dele.
"O mandato de prisão para o meu irmão foi expedido no dia 17 de junho, sendo que, ele compareceu no núcleo no dia 28 de julho assinou e voltou para trabalhar e assim seguimos. Nem todo negro se parece,
nem quem erra permanecer no erro.
O que está acontecendo é um imenso descaso!", disse a irmã.
O Coordenador Operacional do Programa Segurança Presente, falou sobre o procedimento das abordagens.
"Quando realizamos a abordagem de indivÃduos em fundada suspeita, além da realização da busca pessoal , mais conhecida como " revista" , consultamos um banco de dados nacional, onde verifica-se a situação judicial do referido indivÃduo. Caso haja qualquer tipo de pendência judicial, encaminhamos à Distrital da circunscrição para confirmação dos fatos. Nesse caso especÃfico, o erro jamais pode ser atribuÃdo aos policiais militares do Niterói Presente, já que só fizeram cumprir a ordem judicial. Não acreditamos que estamos livres de erro, mas procuramos minimizá-los ao máximo", disse Major David.