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PolĂ­tica

Câmara aprova texto-base de PL que torna escolas serviços essenciais

Projeto prevĂȘ reabertura da educação bĂĄsica e superior

Por Wanessa Dias 20/04/2021 às 23:09:50

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) o texto-base do projeto de lei que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas, exceto se houver critérios técnicos e científicos justificados pelo Poder Executivo quanto às condições sanitĂĄrias do estado ou município. Os parlamentares analisam agora destaques apresentados pelos partidos e que, se aprovados, podem mudar o texto.

O projeto de lei torna a educação infantil, os ensinos fundamental e médio e a educação superior serviços essenciais, que são aqueles que não podem ser interrompidos durante a pandemia.

O texto prevĂȘ ainda, como estratégia para o retorno às aulas, critérios como prioridade na vacinação de professores e funcionĂĄrios de escolas públicas e privadas e a prevenção ao contĂĄgio de estudantes, profissionais e familiares pelo novo coronavírus. Esse retorno deverĂĄ ter ações pactuadas entre estados e municípios, com participação de órgãos de educação, saúde e assistĂȘncia social.

O projeto define parâmetros de infraestrutura sanitĂĄria e disponibilização de equipamentos de higienização e proteção, incluindo mĂĄscaras, ĂĄlcool em gel 70%, ĂĄgua e sabão, nos momentos de recreio, de alimentação e no transporte escolar.

"Apesar dos esforços das redes estaduais e municipais para a oferta do ensino remoto, os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes, notadamente os mais pobres e vulnerĂĄveis, tĂȘm sido imensos pela suspensão das aulas presenciais. E mesmo com a adoção do ensino remoto, hĂĄ estudos realizados em diversos países sobre os efeitos da pandemia de covid-19 na educação que evidenciam perdas significativas de aprendizagem", argumentou a deputada Joice Hasselman (PSL-SP), autora do substitutivo aprovado.

Críticas

Parlamentares de diversos partidos de oposição obstruíram os trabalhos durante a votação por serem contra a volta durante a segunda onda de pandemia de covid-19. Na avaliação da deputada professora Rosa Neide (PT-MT), é necessĂĄrio discutir o aumento de tecnologia e equipamentos para que professores e alunos possam recuperar o tempo perdido durante o período de aulas paralisadas.

"Estamos no ĂĄpice da pandemia. Temos mais de 360 mil mortos. HĂĄ milhares de profissionais da educação que jĂĄ perderam a vida, mesmo com aula remota e fazendo algumas atividades presenciais", afirmou a deputada Rosa Neide. "Queremos, sim, vacinas para todos e todas, queremos tecnologia para as escolas, queremos protocolo seguro, e não obrigar profissionais da educação a virem para a sala de aula para a morte, estudantes levarem o vírus para casa".

Para a líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), a discussão deve estar focada no estabelecimento de regras seguras para viabilizar o retorno às aulas. Segundo a parlamentar, outro projeto de lei estabelece "critérios epidemiológicos", "que não colocam em risco nem alunos, nem famílias, nem profissionais de educação".

"Nós queremos escolas abertas. Queria repetir aqui, queremos escolas abertas, porque entendemos que a escola é lugar fundamental para enfrentar as desigualdades de um país, para a alegria das crianças, para a saúde mental das crianças, para a alimentação das crianças, para compartilhar o cuidado com mães sobrecarregadas, mas não queremos isso a qualquer custo", argumentou.

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Fonte: AgĂȘncia Brasil

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