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Polícia

"Meu irmão só queria beber uma cerveja", diz irmã de um dos mortos no Salgueiro, em São Gonçalo


Desesperada ao saber que seu irmão estava entre os mortos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Larissa não conteve as lagrimas e precisou ser amparada por amigos e familiares.

"Nem todo mundo que está ali é bandido, estamos pagando por uma guerra que nós não convocamos. Meu irmão foi pego na esquina e foi arrastado para ser mutilado no mangue. Mães estão chorando por filhos que não eram bandidos. Agora qual é a resposta que eu vou ter do meu irmão. Quem fez isso? Por que fez isso? Ele não foi pego com arma e em com drogas. Ele foi pego na esquina, só queria beber uma cerveja", disse.

Entre as casas que estão localizadas nas proximidades do mangue, onde os corpos foram encontrados e retirados pelos próprios moradores, está a casa de um eletricista identificado como Hélio. Moradores relataram que ele foi morto de forma brutal.

"O corpo dele foi encontrado com corte de faca no pescoço. Como pode qualificar ele como traficante? Ele era uma pessoa que vivia em uma casa humilde, não tinha nem muita coisa para comer, dependia do auxílio da comunidade. Ele era uma das poucas pessoas que davam assistência para nossa comunidade", disse um morador que preferiu não se identificar.

O morador contou ainda como Hélio teria ido parar no mangue na noite deste domingo (21).

"Como a polícia entrou varrendo tudo, algumas pessoas que estavam na rua não entrou para casa preferiu correr para o mangue por conhecer a rota, já que se correr para dentro de casa a polícia invade, mate e diz que é bandido. Hélio preferiu correr para o mangue justamente por conta disso. Ele conhecia o mangue desde pequeno. Além de matar quem era envolvido quem não era também acabou morto", contou.

Um bar foi todo quebrado e pichado durante a ação. Vidros ficaram estilhaçados pelo chão do estabelecimento e na geladeira foi escrito a sigla de uma facção rival, além do nome do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, que foi morto na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio, em junho deste ano.

Moradores usaram lençóis branco, alguns deles com mensagens pedindo paz na comunidade.

Na manhã de hoje policiais militares voltaram na comunidade para que equipes da Polícia Civil e Corpo de Bombeiros atuassem na região com segurança. Segundo a PM, dois blindados do Comando de Operações Especiais (COE) e equipes foram deslocados. A ação contou com apoio de aeronave do Grupamento Aero-Móvel (GAM).

As mortes aconteceram após o sargento da Polícia Militar Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, que era lotado no 7º (BPM) morrer ao ser baleado por traficantes durante a manhã de sábado (20). Ele chegou a ser levado para o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê.

A perícia foi realizada por agentes da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).

Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, onde vão passar por necropsia e aguarda as famílias para a liberação.

O caso segue sob investigação da DHNSG.

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