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PolĂ­cia

Caso João Pedro: TJRJ faz segunda audiência de instrução

Adolescente foi morto em operação policial em São Gonçalo em 2020

Por Wanessa Dias 16/11/2022 às 11:30:59

Foto: Reprodução

A segunda audiĂȘncia de instrução na 4ÂȘ Vara Criminal de São Gonçalo do processo judicial que apura as circunstâncias da morte de João Pedro Mattos Pinto serĂĄ realizada na tarde de hoje (16). O adolescente de 14 anos foi baleado com um tiro de fuzil durante uma operação das polĂ­cias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 18 de maio de 2020, durante a pandemia de covid-19.

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A primeira audiĂȘncia ocorreu no dia 5 de setembro, na qual foram ouvidas oito das 26 testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério PĂșblico do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). TrĂȘs policiais civis são acusados no processo, todos lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). São eles Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister.

Eles foram indiciados pela PolĂ­cia Civil em junho do ano passado e em fevereiro a Justiça aceitou a denĂșncia apresentada pelo MPRJ e os tornou réus por homicĂ­dio duplamente qualificado.

A imprensa poderĂĄ acompanhar a audiĂȘncia e fazer imagem, com exceção da imagem dos réus.

Relembre o caso

A casa onde João Pedro brincava com primos e amigos foi invadida por policiais, que entraram atirando, e ficou marcada com 72 tiros após a operação. Ferido, João Pedro foi levado de helicóptero pelos policiais e a famĂ­lia só teve notĂ­cias sobre o paradeiro do corpo no dia seguinte. Os agentes cumpriam mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de uma facção criminosa.

O pai de João Pedro, Neilton da Costa Pinto, relatou na audiĂȘncia de setembro que estava no trabalho, em um quiosque, quando soube do tiroteio.

Cheguei no local e encontrei cinco jovens na calçada. Perguntei onde estava o João Pedro e meu sobrinho respondeu que ele tinha sido baleado pela polĂ­cia. Só fui saber o que tinha acontecido com meu filho no dia seguinte, quando soube que o corpo dele estava no IML [Instituto Médico Legal], contou.

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Fonte: AgĂȘncia Brasil

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