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Cidades

Filho que a equipe do HEAT adotou para cuidar completa 18 anos

Por Redacao 01/02/2023 às 19:00:59

Foto: Divulgação

Ele chegou na emergência do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) em São Gonçalo, há 16 anos. Estava em coma. Logo, no entanto, foi diagnosticado com distrofia muscular, uma doença degenerativa que afeta os músculos e, além de impedimento de andar, também dificulta a sua respiração. Os médicos não tinham muito esperança dele sobreviver.

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Mas o tempo foi passando, uma equipe multidisciplinar entrou em campo, foi cuidando dele e hoje o então pequeno Kauã de Melo Leandro atinge os seus 18 anos. Kaká, como é carinhosamente chamado por todos, é mais do que um paciente: é um hóspede, um filho que a equipe do HEAT "adotou" para cuidar e garantir sua saúde.

Por não ter condição de sobreviver sem o suporte dos equipamentos hospitalares, ganhou um ambiente adaptado no setor de pediatria onde recebe todos os cuidados e carinho. Tem acesso ao ensino público com professoras que visitam regularmente o hospital, recebe visitas diárias dos profissionais da unidade que o adotaram e também dos familiares. Participa dos eventos comemorativos no setor da pediatria e curte muito as festas do seu aniversário, Páscoa, Junina, copa de futebol, crianças e do Natal.

Todos anos, nesta data, os funcionários se mobilizam para cantar os parabéns para Kauã. Nesta quarta-feira, não foi diferente. Ele ganhou mais uma festa de aniversário – a data de nascimento é 31 de janeiro. -- com direito a bolo, docinhos, picolé, cachorro quente, gelatina, sucos e muito amor.

A festa também teve muita música eletrônica, tudo comandada pelo DJ Kauã. "Todos os anos ele escolhe o tema dos aniversários. Já teve Bombeiros, Flamengo, Minions, WhatsApp entre outros. Este ano ele quis comemorar a maior idade sendo DJ. Então nos organizamos e preparamos tudo para deixa-lo feliz, como sempre", garante a médica Leila Alves.

Devido à doença, Kauã não tem a rigidez necessária nos músculos para sustento do corpo e, por isso, depende de leito apropriado ou cadeira de rodas, além de respirador com oxigênio 24 horas. Apesar da doença, Kauã não tem nenhum comprometimento neurológico e entende tudo que acontece a seu redor.

Porém, de família de origem humilde e sem possibilidade de tratamento em casa por conta da complexidade dos equipamentos e dos profissionais necessários, Kauã passou a viver no Heat para se desenvolver com mais qualidade de vida. E assim já se passaram mais de 16 anos – e esta quarta-feira foi mais um dia para comemorar a vida, brindar a esperança e celebrar a superação de dificuldades.

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