Diferentes lojas do grupo Carrefour se tornaram palco de manifestações pacíficas no Rio de Janeiro, neste domingo (22), após a morte do cliente negro João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, que foi brutalmente espancado por dois seguranças no estacionamento de uma unidade da empresa, em Porto Alegre na última quinta-feira (19).

Em São Gonçalo, cerca de 100 manifestantes realizaram o ato de forma pacífica no estacionamento da unidade localizada no bairro de Neves.

Entre os manifestantes estavam representantes do movimento negro, além de personalidades da política local como o vereador eleito em São Gonçalo, Professor Josemar (PSOL), a vereadora eleita em Niterói Benny Briolly (PSOL), os vereadores de Niterói Leonardo Giordano (PSOL) e Paulo Eduardo Gomes (PSOL), além do deputado estadual, Waldeck Carneiro.

Os manifestantes entoavam palavras de ordem e resistência a favor do povo preto, como "Vidas negras importam, racistas não passarão" e "Carrefour assassino".

O caso

João Alberto Silveira Freitas morreu após ser agredido por dois seguranças, sendo um deles PM temporário, fora de serviço, no supermercado Carrefour, na zona norte de Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. Os agressores foram presos, suspeitos de homicídio doloso. A vítima teria discutido com a caixa do estabelecimento e foi conduzida pelos seguranças da loja até o estacionamento, no andar inferior. Durante o percurso, acompanhado por uma funcionária do Carrefour, Freitas desferiu um soco contra o PM, segundo afirmou a ela em depoimento à polícia. Vídeos que mostram o espancamento e a tentativa de socorristas de salvar o homem circulam nas redes sociais.