Silvinei Vasques, ex-diretor da PolĂcia RodoviĂĄria Federal (PRF) foi preso preventivamente em Florianópolis (SC) na manhã desta quarta-feira (9) em operação da PolĂcia Federal que apura supostas interferĂȘncias nas eleições de 2022.
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Além da prisão de Vasques, 47 agentes da PRF serão ouvidos na operação, batizada de 'Constituição Cidadã'. A PF cumpre, ainda, 10 mandados de busca e apreensão. Os nomes dos alvos não foram divulgados.
Segundo a PF, a operação investiga os crimes de prevaricação (que é quando um servidor pĂșblico deixa de exercer o seu dever), violĂȘncia polĂtica, e impedir ou atrapalhar a votação.
Quem é Silvinei
Diretor-geral da PolĂcia Federal RodoviĂĄria (PRF) entre abril de 2021 e dezembro de 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), Vasques é investigado sobre as mais de 500 operações da corporação, a maioria nos estados região Nordeste, durante o dia 30 de outubro do ano passado, data do segundo turno das eleições.
Durante as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia vedado a realização de operações policiais que pudessem restringir a locomoção de eleitores e eleitoras. Ainda assim, a PRF realizou as operações, que só foram interrompidas após Alexandre de Moraes, presidente do TSE, intimar Vasques e impor uma multa pessoal de R$ 100 mil por hora de decisão não cumprida.
De acordo com dados divulgados posteriormente pelo atual ministro da Justiça, FlĂĄvio Dino (PSB-MA), o Nordeste concentrou 47% das abordagens durante o dia do segundo turno. Em nĂșmeros absolutos, foram parados 2.185 ônibus. Segundo Dino, que qualificou a operação de abordagens como "atĂpica", o nĂșmero é maior que "o total de operações realizadas naquele estado durante todo o ano".
Outras investigações
Em novembro de 2022, se tornou réu por improbidade administrativa após a Justiça receber uma denĂșncia do Ministério PĂșblico Federal (MPF) que o acusa de utilizar o cargo e os sĂmbolos da instituição para promover um dos candidatos presidenciais em 2022. O MPF chegou a pedir o afastamento de Vasques, mas o pedido não foi acatado pelo JudiciĂĄrio.
Atualmente, a PolĂcia Federal (PF) investiga a atuação da PRF durante as eleições. A própria instituição à qual pertenceu Vasques também anulou o arquivamento de investigações internas sobre o caso.
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Fonte: Brasil de Fato